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Olinda Batista Assmar ingressou na Academia Acreana de Letras em 17 de novembro de 1986, para ocupar a Cadeira 24, que tem como patrono Francisco Mangabeira e membro fundador J. G. de Araújo Jorge. Foi uma das primeiras mulheres a ingressar na AAL, tendo ocupado, ao longo desses quase 40 anos, vários cargos na Diretoria Executiva.

Nasceu no dia 16 de fevereiro de 1945, no seringal Quixadá, a 26 km do município de Brasiléia (AC). É filha de Nadir Nogueira Batista e de João Batista dos Santos. É viúva e professora aposentada da Universidade Federal do Acre. Fez o curso primário em Brasiléia, o secundário e o colegial em Rio Branco. Depois foi morar no Rio de Janeiro, onde ingressou no curso de Letras (Português-Inglês), na Universidade Gama Filho.

Em 1973, logo no início de sua carreira, aperfeiçoou seu inglês viajando para Londres (ING). Tempo em que foi convidada pelo então reitor da Ufac, professor Áulio Gélio Alves de Souza, para integrar-se ao quadro de Membro Fundador do curso de Letras. Após alguns anos, volta ao Rio de Janeiro para realizar os cursos de mestrado e doutorado em Literatura Brasileira, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Concluído os cursos, retorna a Rio Branco, agora, como primeira mulher acreana doutora. Continua ministrando aulas na graduação e pós-graduação até 2014.

Integrou várias bancas de mestrado e doutorado em universidades brasileiras e ministrou diversos cursos para professores do ensino fundamental e médio. Na década de 1990, criou, coordenou e ministrou aulas em cursos de especialização, orientando diversos alunos professores. Desses cursos resultaram algumas publicações: INTERFACES DO DISCURSO FICCIONAL SOBRE A AMAZÔNIA: Dalcídio Jurandir e outros ficcionistas (vol. 1), INTERFACES DO DISCURSO FICCIONAL SOBRE A AMAZÔNIA: autores brasileiros e estrangeiros (vol. 2), INTERFACES DO DISCURSO FICCIONAL SOBRE A AMAZÔNIA: autores amazônidas e outros (vol. 3).

Elaborou o projeto de pesquisa Amazônia: Os Vários Olhares, coordenando e orientando alunos de iniciação científica da graduação de Letras. O resultado foi a publicação de vários livros que registram fragmentos da cultura acreana, dentre os quais temos: Fragmentos da memória do acre estado (vol. 2), fragmentos da memória do Acre território (vol. 1), A poesia de Sena Madureira (vol. 1), A poesia de Cruzeiro do Sul (vol. 1), Editoriais nos jornais de Rio Branco (vol. 1), As dobras da memória de Xapuri (vol. 1, 2 e 3).

Concluiu vários cursos de especialização e de extensão. Participou de vários seminários sobre literaturas de língua portuguesa e inglesa, teoria da literatura, literatura infantojuvenil, e outros em áreas afins. Participou de várias associações culturais nacionais e internacionais como Associação Brasileira de Literatura Comparada (Abralic), Associação Nacional de Pós graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (Anpoll) e Associação Internacional de Lusitanistas (AIL),e proferiu conferências em alguns eventos da UFRJ, USP e Ufac.

Exerceu diversas funções administrativas: diretora da Faculdade de Educação do Acre, chefe do Departamento de Letras da Ufac, Secretária de Educação e Cultura do Acre (1996/97), Diretora Geral da Secretaria de Educação (1991-1993), vice-reitora da Ufac (2005- 2008), e primeira reitora mulher da Ufac (2008-2012).

É autora de artigos publicados em revistas especializadas, na área de letras, bem como autora e organizadora de livros individuais e em parceria com seus bolsistas pesquisadores. Escreveu apresentações e prefácios de livros.

Atualmente, está organizando para publicação o resultado de todas as pesquisas que fez com alunos de letras da graduação e pós-graduação. O objetivo é deixar um registro escrito para servir como fonte de consulta para pesquisadores que desejem conhecer mais a fundo a realidade e a cultura acreana e amazônica, como um todo.

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