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Francis Mary Alves de Lima (conhecida por Bruxinha) ingressou na Academia Acreana de Letras em 5 de agosto de 2004, para ocupar a Cadeira 37, que tem como patrono Osvaldo Cruz, membro fundador Hermínio Pessoa, e antecessor Elzo Rodrigues da Silva. Bruxinha nasceu no dia 17 de abril de 1957, em Rio Branco. É filha de Francisca Alves de Andrade e Sebastião Cesino de Lima.


O imaginário da floresta foi a sua principal fonte de inspiração como artista. Na sua infância, seus avós lhes contavam histórias da mata e dos seres mágicos que a habitam. Depois, também se inspirou na luta de seu amigo Chico Mendes, em defesa da floresta e do povo que ali residem.


Com 17 anos publicou seu primeiro poema, “Detalhe”, na folha literária “Contexto Cultural”, do jornal O Rio Branco. À época, começou a falar seus poemas em bares, teatros e atos públicos, seja em defesa da floresta, da democracia ou simplesmente, poemas líricos de diversas temáticas.


Em 1982, na “geração mimeógrafo”, publica Akiri, um grito no meio da mata, com poemas inspirados na luta de Chico Mendes e dos povos da floresta. Chico foi o primeiro comprador desse livro, adquirindo 8 exemplares para distribuir aos seus companheiros de Xapuri. Ainda em 1982, publica Gota a gota, também mimeografado. Em 1984, apresenta seu primeiro recital, incluindo poemas de seu livro Akiri, um grito no meio da mata. Em 1984, apresenta o recital “Pé de Vento”, e segue realizando outros recitais. Em 1996, publica o livro de prosa poética e poesia A noite em que a lua caiu no açude. Em 2002, começa a realizar saraus literários – musicais. Em 2004, publica Pré-Históricas e outros livros. Em 2016, é a vez de Gogó de sola/Flor do astral. Em 2021, publica a segunda edição de A noite em que a lua caiu no açude. Já em 2022, em parceria com a poeta brasiliense Vera Sá, lança Escritas do Ser.


Na juventude, atuou como atriz de teatro amador e ativista do movimento cultural acreano, inclusive, presidindo a Federação de Teatro do Acre (Fetac). Foi repórter cultural no jornal Folha do Acre. Formada em Direito, foi militante dos direitos humanos. Unindo sua vivência artística com seus conhecimentos jurídicos, escreveu o espetáculo Topa Tudo Por Direito, sobre o acesso à Justiça e direitos humanos. No período de 2007/2010, foi Diretora do Procon/AC.


Entre 2011 e 2018, foi gestora da Secretaria Adjunta de Humanização da Gestão Pública e da Fundação Cultural do Estado do Acre. Foi uma gestora criativa, que se valia da arte como ferramenta de integração, informação e comunicação. Em 2002, adquiriu e restaurou um casarão antigo, conhecido como Casa de Cultura da Gameleira, onde realizou saraus literários e musicais.


Alguns dos seus poemas foram musicalizados e teatralizados por jovens artistas. Outros se tornaram objeto de pesquisa em trabalhos acadêmicos vinculados a Mestrado e Doutorado da Universidade Federal do Acre. Atualmente, está aposentada pelo Ministério Público Federal, e usa parte do seu tempo para se dedicar às atividades literárias. Em 2023, com a poetisa Roberta Marisa e o poeta Qilrio, participou do Recital Norte Poesia e da Festa Literária do Pelourinho (Flipelô), em Salvador.

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