
Francisco de Moura Pinheiro (Dandão) ingressou na Academia Acreana de Letras em 15 de junho de 2004, para ocupar a Cadeira 28, que tem por patrono José de Carvalho, membro fundador José Valentin de Araújo e antecessor Hélio Melo.
Nasceu no dia 26 de setembro de 1956, no município de Brasiléia, Acre. É filho de Alício Pinheiro e Luzia Moura.
É casado com Maria de Nazaré de Ol
iveira Pinheiro, com tem dois filhos: Igor Marcel de Oliveira Pinheiro e Iung Alício de Oliveira Pinheiro.
É licenciado em Letras (Ufac), bacharel em Direito (Ufac), especialista em Comunicação Social Integrada (Fundação Dom Cabral-MG), mestre em Comunicação e Cultura (UnB) e doutor em Comunicação e Semiótica (PUC-SP).
Foi Assessor de Comunicação da Universidade Federal do Acre (Ufac) durante 14 anos; jornalista com reconhecida experiência e competência. Foi coordenador e professor do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, do Instituto de Ensino Superior do Acre (Iesacre). Foi professor do curso de Publicidade e Propaganda da Uninorte-AC.
É possuidor de vários talentos literários, transitando com desenvoltura pelos gêneros poesia, contos e crônicas. Fez sua estreia junto ao grande público na década de 1980, com a publicação do livro Os Anônimos, obra de poesias e contos.
É amante do esporte, em particular do futebol, assunto sobre o qual já publicou milhares de textos, entre crônicas e perfis memorialísticos. Sempre buscou “dar vida” àquilo que escreve, trazendo para o cenário das letras temas e personagens, com criatividade, fluidez linguística e reflexão.
O “fio condutor” dos seus textos está centrado na lógica de pensar a informação como algo móvel, multiforme, passível de leituras as mais diversas. Consciente do poder das mídias e multimídias, Dandão consegue expor de forma lúdica, irônica e interativa, a realidade vivida das pessoas, mostrando a dinâmica sociocultural dos personagens, especialmente os de Rio Branco-AC.
Em suas poesias interpreta o real, em um exercício de encantamento, desvelamento e enraizamento. Nas crônicas esportivas, elabora um enredo que mistura discrição e elegância no jogo com as palavras, revelando-se um alquimista na arte de “elaborarmetáforas com os dedos” e “desenhar com o pensamento”.
É autor das obras Os anônimos (1982); A arte do chute na rede do improvável (2002); Verdades absolutas e outras mentiras (2005); Trilhas urbanas no reflexo do espelho (2009); e Joelhos de vidro, manguaça e outras crônicas (2018). Acrescente-se a essas obras a dissertação de mestrado Impactos de veículos de comunicação de massa numa reserva extrativista no Estado do Acre (1999) e a tese de doutorado A invenção da florestania: a participação da mídia acreanana construção de um novo discurso ideológico (2013).