
Geórgia Pereira Lima ingressou na Academia Acreana de Letras em 5 de novembro de 2022, através da Cadeira 36, que tem como patrono Nelson Lemos Bastos e membro fundador Omar Sabino de Paula. Contudo, em virtude da recomposição das cadeiras da AAL, ocupa transitoriamente a Cadeira 53, conforme Resolução n.º 01, de 12 de agosto de 2023 da AAL.
Nasceu no dia 20 de agosto de 1965, na fronteira do Brasil com a Bolívia, no atual município de Plácido de Castro. É filha de Raimunda Maria Ferreira Lopes e de Luiz Pereira do Nascimento. Geórgia se apresenta como mulher, negra, mãe, companheira, professora, pesquisadora e escritora. Em razão do local de nascimento, sua trajetória de vida é marcada pela diversidade social das interamazônias. Essa diversidade, inclusive, a seguiu em sua formação acadêmica, desde a graduação, até o mestrado, o doutorado e o pós- -doutorado.
O seu lugar social expõe um “olhar cioso” refletido em seus estudos, publicações e compromissos sociais assumidos como mulher, pesquisadora, escritora e professora.
Sua trajetória acadêmica iniciou na graduação em História pela Universidade Federal do Acre (Ufac, 1996). Durante esse período, atuou na monitoria de disciplinas importantes na área do Ensino e História da Amazônia. Tem especialização em Metodologia do Ensino Superior (Ufac, 1997); Mestrado em História do Brasil, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, 2002); Doutorado em História Social, pela Universidade de São Paulo (USP, 2014); estágio pós-doutoral em Ensino de História, pela Universidade Federal do Amapá (Unifap, 2021); estágio pós-doutoral em Ciência da Religião, pela Universidade Católica de São Paulo (PUC/ SP, 2023).
No percurso profissional, desde o final da década de 1980, vivenciou o cotidiano escolar em unidades públicas de ensino. Além da docência, tem experiência em gestão escolar, e em coordenação pedagógica nos ensinos fundamental, médio e superior.
A partir da década de 1990, ela teve experiência no ensino superior como professora substituta da Ufac, contudo, em 2006, se efetivou por meio de concurso público.
Na Ufac, além de realizar o trabalho docente em ensino, pesquisa e extensão, também já foi coordenadora dos cursos de Bacharelado em História (2017 a 2021), de Licenciatura em História (2021 e 2023). Em sua gestão, o curso obteve a nota máxima na avaliação do e-MEC/2023. Em 115 janeiro de 2024, foi eleita e empossada como Diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH/Ufac).
Além disso, desde o ano de 2014, participa como membro do Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (Life/Capes/Ufac). Também tem experiência em programas de formação docente, atuando como Coordenadora da Área de História – Pibid/História/Ufac (2014 a 2018), Coordenadora Institucional – Pibid/Ufac (2018 a 2020) e Coordenadora de Pibid/História/Ufac (2022 a 2024).
Coordenou os cursos de aperfeiçoamento do Ensino de História: “Saberes e fazeres de matriz africana e indígena nas interamazônias” (UnifAp/2021); “Pan Amazônia: fronteiras e saberes de matriz africana, indígena e populações tradicionais” (Ufac/2021); e o curso de iniciação ao pensamento decolonial, com o título Colonialidades e pedagogias decoloniais no Ensino de História – Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (Life, 2022).
Desde 2023, coordena a segunda edição do curso de aperfeiçoamento “Pan Amazônia: fronteiras e saberes de matriz africana, indígena e populações tradicionais” (Ufac). Isso tudo sem se isentar de participar de eventos científicos, como seminários, mesas redondas, etc.
Entre os títulos da sua lavra, publicados em forma de artigos, livros (que organiza) e capítulos de livros (como autora), temos: Fronteiras Fluidas, Religiosidade e as Perspectivas dos Lugares (2017); Catolicismo e Hibridismo Interamazônico: Símbolos do Sagrado no Cortejo da “Virgem de Santa Rosa” e na Procissão do “Bom Jesus do Abunã” (2018); Pibid/História: As Dimensões do Ensino-Pesquisa na Formação Docente (2017); Diálogos sobre História, Cultura e Linguagens (2018); Pibid/Ufac: Lócus de Aprendizagens da Docência (Edufac/2020); Formação de Professores no Pibid/Ufac (Edufac/2020); Coletânea do III Seminário de “Fronteiras em Movimento”: Amazônia e os Desafios na Conjuntura da Pandemia e I Seminário Internacional de Fronteiras, Religião e Religiosidades Pan Amazônia [sic]” (Edufac/2020); BNCC/Acre: entre Diálogos da Implantação aos Impactos na Formação Docente (2021); Ensino de História, Interculturalidades e Formação Docente, (Edufac/2023); e, por fim, o quinto capítulo do livro Decolonizar a educação: entretecer caminhos de bem viver (Pedro & João Editores, São Paulo, 2023).