
José Dourado de Souza
Imortal da Academia Acreana de Letras, Cadeira 19
Eis-nos aqui, no topo da intelectualidade.
Imortalizados, esta é a nossa condição,
Em razão de nossas obras, é claro!
Somos abnegados da nossa língua-mãe:
O português, a primeira de tantas outras,
Que afloram, cotidianamente, em nosso ser.
Nossa língua é a nossa pátria,
E, por isso, abraça múltiplas contribuições:
As culturas originárias, a afrodescendente e a iletrada.
Reconhecidas ou não, elas estão no modo de ser,
De saber, de querer ou de poder dos brasileiros.
Somos imortais!
Mas também humanos,
Quando despossuídos do básico,
Acalentamos sentimentos diversos.
Independentemente da cor preferida,
Ofertamos rosas, quer sejam vermelhas ou brancas.
O sodalício é formado por quarenta membros,
Que é a quantidade padrão,
Às vezes, não chegamos a tanto,
Outras, somos mais que isso…
… mais de quatro dúzias:
Os eméritos,
Os especiais,
Os decanos,
Os beneméritos,
Os correspondentes,
E os honorários.
Unidos somos fortes,
Quase cinco vezes mais do que aqueles,
Que se dispuseram a salvar o mundo.
Em 2024, completaremos 87 anos,
Em breve, faremos cem, duzentos…
A infinitude de anos nos espera.
Somos muitos, somos diversos,
Somos confreiras e confrades:
Falando,
Sinalizando,
Escrevendo,
Editando,
Rabiscando,
Desenhando,
Filmando,
Representando,
Fotografando,
Cantando,
Tocando,
Assistindo ou admirando.
Somos artes,
Somos literaturas,
Somos ciências,
Somos culturas:
Do cotidiano,
Do pensamento,
Do místico,
Do belo,
De todos.
Vamos em frente!
Pois, a imortalidade torna-se mortal,
E, por isso, muitos de nós já se foram
Mas, sempre estarão entre nós:
Nos gestos,
Nas falas,
No pensar,
Até mesmo no calar
É nós: Academia Acreana de Letras