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Silvio Martinello ingressou na Academia Acreana de Letras em 15 de junho de 2006, para ocupar a Cadeira 14, que tem como patrono Barbosa Rodrigues, membro fundador Paulino de Brito, e antecessor Aloisio Macedo Maia.

Nasceu no dia 22 de dezembro de 1947, em Criciúma (SC). Tem duas filhas do 1º casamento: Maíra Mansur Martinello e Sara Mansour Martinello; e três do casamento com Ivete Figueiredo Maia, os quais são: Larissa Maia Martinello, Paula Maia Martinello Manchini e Tiago Maia Martinello; completando a família, tem três netas: Amanda, Ana Clara e Júlia.

Silvio é Bacharel em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Libero de São Paulo (1973). É descendente de uma família de imigrantes italianos. Sílvio Martinello chegou ao Acre em 1976. Foi repórter correspondente do Jornal do Brasil no Acre durante 12 anos; foi um dos fundadores dos jornais Varadouro, Folha do Acre, Repiquete e A Gazeta, do qual é Diretor Geral.

O jornal Varadouro, nos anos 1970 e 1980, se constituía em um “jornal-denúncia”. A proposta editorial era dar visibilidade à questão da terra e aos seus desdobramentos: a expropriação dos seringueiros; os conflitos sociais; os movimentos sociais e culturais “vinculados” à Igreja Católica; as ocupações de terrenos nas áreas urbanas, especialmente em Rio Branco (AC).

Com um formato assemelhado ao Pasquim e a outros jornais da “imprensa nanica”, o Varadouro tornou-se um veículo de comunicação que pretendia “dar voz aos excluídos (índios, seringueiros, ribeirinhos)”. Com o jeito peculiar de ser – engajado, irônico, criativo e apaixonado pelo exercício do jornalismo, Silvio transforma a palavra em um instrumento de combate às injustiças sociais.

Sílvio Martinello, que “maneja” bem a palavra no “silêncio” e em “campos minados”, também se arriscou no território da literatura, em um misto de ficção e realidade, registrando memórias da terra e de gente do Acre.

Traz para o mundo das letras, representações construídas tanto de acontecimentos históricos (Plácido de Castro e Chico Mendes) quanto da dinâmica social dos múltiplos atores presentes no Acre. Publicou os seguintes livros: A ilha da consciência (2003); Corações de borracha (2004) e Amanda (2005), que em seus enredos revelam/desvelam características, perfis, da multi-étnica-culturalmente gente do/no Acre.

Esse torcedor fanático do Botafogo e do Floresta Futebol Clube, pai de família amoroso, é sensível aos “ares” trazidos pela “liquidez da vida” na atualidade. Por suas obras e trajetórias, foi reconhecido com a Menção Honrosa do Prêmio Embratel e com o Prêmio Esso Regional, com o trabalho Censura, não, em 2000.

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