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Eduardo de Araújo Carneiro ingressou na Academia Acreana em 22 de fevereiro de 2017, para ocupar a Cadeira 38, que tem como Patrono José Plácido de Castro e Membro Fundador Jarbas Passarinho. Em 2018, Eduardo foi eleito Vice-presidente do Sodalício.


Nasceu no Rio de Janeiro (capital) em 16 de março de 1978. É filho do acreano Mário Sylvio Sapha Carneiro com a niteroiense Helena de Araújo Carneiro (ambos falecidos). É irmão de Zeneida Guimarães Carneiro (paulista – a mais velha), Sílvia Helena Araújo Carneiro (carioca) e Nágila de Araújo Carneiro (acreana – a caçula).


Seu avô, por parte de pai, Sr. José Ricardino Carneiro, era proprietário do tradicional Bar da Vitória, construído em alvenaria nos anos 1950, no segundo distrito, no atual calçadão da gameleira, defronte ao antigo Porto das Catraias.


Mário Carneiro migrou ainda jovem para o Rio de Janeiro e, por lá, viveu por 35 anos, construindo família, da qual nasceu Eduardo Carneiro. Pelos idos de 1989, aceitou o convite de voltar para o Acre, feito por seu primo Carlito Braga, então assessor do então governador do Acre Flaviano Melo; convite endossado pelo irmão mais velho, Dr. Antônio Sapha Carneiro que, na época, ocupava uma posição de destaque no antigo DERACRE.
Quando Mário Carneiro e sua família vieram para o Acre, Eduardo Carneiro tinha 11 anos e passou sua adolescência e juventude no bairro Vila Acre, em Rio Branco. Na localidade, durante algum tempo, a família sobreviveu da arte do fabril de mochilas e bolsas. Depois, com a falência do empreendimento, construiu-se um pequeno comércio em frente da casa.


Do bairro Vila Acre, Eduardo Carneiro se deslocava de ônibus para o centro da cidade para estudar. Frequentou as escolas públicas Maria Angélica de Castro, Rodrigues Leite (ETCA) e Barão do Rio Branco (CERB).
Aos 15 anos, foi selecionado para treinar na seleção acreana de vôlei, na posição de levantador. Em 1993, sagrou-se campeão brasileiro da segunda divisão, juntamente com sua equipe. Carneiro defendeu o Estado do Acre nas quadras de vôlei até os 18 anos, quando, jogando, sofreu um rompimento de ligamento no joelho direito e, na época, não conseguiu vaga para cirurgia, motivo pelo qual teve que deixar o esporte.
Não desenvolvendo aptidão para o comércio, como era o desejo de seu pai, Eduardo Carneiro ingressou no curso de História (UFAC) em 1997, a contragosto de suas irmãs. Dois anos depois, em 1999, ingressou no curso de Economia. Com isso, passou a estudar concomitantemente os dois cursos.
Em 1999, como cristão praticante que era, colaborou na fundação da Juventude Universitária Cristã (JUC), núcleo do que viria a se tornar a Aliança Bíblica Universitária no Acre (ABU-Ac). Durante anos foi uma expressiva liderança entre os estudantes.


Participou do Centro Acadêmico de História, foi convidado a ser vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e, em 2001, resolveu testar a sua popularidade, candidatando-se à presidência do DCE. Surpreendentemente, venceu ambas as chapas concorrentes, que representavam tendências partidárias que se revezavam anualmente à frente da agremiação.


Em 2002, foi aprovado do concurso da Polícia Militar, trabalhando na segurança pública do Estado por 4 anos. Em novembro de 2003, entra em laços matrimoniais com Egina Carli de Araújo Rodrigues. No início de 2005, foi aprovado na especialização em Estudos Linguísticos e Literários com o projeto de pesquisa A REVOLUÇÃO ACREANA NOS TEXTOS DO JORNAL O ESTADO DO ACRE. Foi em uma das disciplinas do curso, a ministrada pela Dra. Rosário Gregolin (UNESP) que, pela primeira vez, tomou conhecimento das teorias da Análise do Discurso.


Na segunda semestre de 2005, sua mãe veio a falecer de câncer no pulmão, após quatro meses sendo tratada na Fundação Hospitalar como portadora de pneumonia aguda. O fato abalou tanto sua vida que o mesmo não conseguiu prosseguir seus estudos e resolveu desistir da especialização.


Em 2006, foi aprovado no concurso público para Gestor de Políticas Públicas do Estado do Acre, mesmo ano em que ingressa na primeira turma de Mestrado em Letras da UFAC.


Em 2008, defendeu a sua dissertação de mestrado O DISCURSO FUNDADOR DO ACRE: HEROÍSMO E PATRIOTISMO NO ÚLTIMO OESTE, mesmo ano em que é aprovado como professor efetivo da UFAC, no regime de 20h, para a disciplina História Econômica.


Em 2010, foi aprovado no doutorado em História na USP e, por conta disso, preferiu pedir exoneração do Estado para dedicar-se exclusivamente aos estudos e ao cargo de professor universitário no regime de Dedicação Exclusiva. Em março de 2012, sua única filha, Sarah Cristina, nasceu.


Em janeiro de 2013, inesperadamente, começou a ter diversas crises convulsivas, sendo a primeira, de forma errônea, diagnosticada no Pronto Socorro como AVC. Posteriormente, descobriu-se que se tratava de epilepsia, somada com TDAH e autismo.


Em outubro de 2014, defendeu a tese de doutorado A FUNDAÇÃO DO ACRE: UM ESTUDO SOBRE COMEMORAÇÕES CÍVICAS E ABUSOS DA HISTÓRIA, que foi aprovada com louvor e indicada para publicação. A partir de então, ficou conhecido como um historiador revisionista, já que propunha uma renovação historiográfica acreana. Nesse mesmo ano, em dezembro, foi aprovado no Doutorado em Estudos Linguísticos da UNESP. Em 2016, por diversos motivos, resolveu desfazer seus laços conjugais e, a partir de então, passou a morar sozinho.


Em 2018, foi aprovado no Pós-doutorado em História na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). No ano seguinte, conseguiu liberação de um ano para estagiar na UFAM. Contudo, preferiu usar a maioria desse tempo para viajar para São Paulo e terminar o doutorado em letras na UNESP. De modo que, no último mês de encerramento do programa, em novembro de 2019, conseguiu defender a sua tese O ACRE É DO AMAZONAS? UM ESTUDO SOBRE POLÊMICA DISCURSIVA. Depois da defesa, voltou para Manaus com o fim de terminar suas pesquisas. Terminada a licença, voltou a lecionar na UFAC, contudo, como já tinha realizado a pesquisa, solicitou da UFAM a dilatação do prazo para terminar sua tese de pós-doutoramento, O ESTADO DO AMAZONAS NA “QUESTÃO DO ACRE”: COLONIZAÇÃO, CONFLITO ARMADO E DISPUTA POLÍTICO-JURÍDICA,apresentada em agosto de 2020.


Em dezembro de 2022, foi agraciado com o Título de “Cidadão Acreano”, pela Assembleia Legislativa do Acre (Decreto Lei N 4,025, de 7 de dezembro de 2022). Também recebeu o Diploma de Mérito Cultural das duas mais importantes entidades literárias do Acre: Academia Acreana de Letras e Sociedade Literária Acreana. Em 2023, ingressou como aluno no Curso de Filosofia (UFAC). Em 2024, foi aprovado em duas especializações: História Antiga e Medieval (UERJ) e em Ontologia, Conhecimento e Linguagem na História da Filosofia (UFAC). Em 2025, graduou-se em Letras pela FAVENI.


Carneiro tem se notabilizado pelo seu trabalho como editor de livros, que já resultou em mais de 200 obras lançadas no Acre. Em suas redes sociais, também posta frequentemente poemas com o título “poesias eduardianas”. Já publicou diversos livros, como: Sociedade Econômica do Acre (2016), O Discurso Fundador do Acre (2017), A epopeia do Acre e a manipulação da História (2017), Poesias Diurnas (2018), Poesias de amor (2019), História Euro Moderna: textos básicos (2022) e Não foi revolução nem acreana  (2023), dentre outros.
É formado em História (UFAC), Economia (UFAC) e Letras (FAVENI). É aluno do Curso de Filosofia (UFAC) e de duas especializações: História Antiga e Medieval (UERJ) e em Ontologia, Conhecimento e Linguagem na História da Filosofia (UFAC). É Mestre em Letras – Linguagem e Identidade (UFAC), Doutor em História (USP), Doutor em Estudos Linguísticos (USP), Pós-doutor em História (UFAM). É professor Associado da UFAC, Nível 2 (2025).

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