
Dalmir Rodrigues Ferreira ingressou na Academia Acreana de Letras em 15 de junho de 2004, para ocupar a Cadeira 22, que tem como patrono Euclides da Cunha, membro fundador Alves de Menezes, e antecessor Hélio Guimarães Cardoni.
Exerceu o cargo de Segundo Tesoureiro durante as gestões 2005 a 2006, 2007 a 2009, 2009 a 2011 e 2011 a 2013, sob a presidência de Clodomir Monteiro da Silva; foi Diretor de Relações Públicas durante a gestão de 2015 a 2017, sob a presidência de Luísa Galvão Lessa Karlberg.
Dalmir nasceu no dia 12 de fevereiro de 1952, no Seringal Bom Destino, em Porto Acre, Comarca de Rio Branco, Acre. Filho de Benedita Ferreira e de Djalma Ferreira, que era enfermeiro e guarda-livros. Casado com Maria Rita Costa da Silva (historiadora e professora de artes), com quem teve duas filhas: Daniela Rodrigues da Costa (doutoranda em artes) e Gabriela Rodrigues da Costa (arquiteta e artista). Soma-se a esses, um neto, Luís Eduardo Ferreira Pontes, para completar a família de artistas.
Dalmir cursou o primário e parte do ginásio em Manaus, Amazonas (1959-1977); fez o curso de Técnico em Agrimensura (1975); bacharelado em Tecnologia de Topografia e Estradas na Ufac (1978-79); e Licenciatura e Bacharelado em História na Ufac (1991-95); Cursou Artes Plásticas na Escola Pan-Americana de Artes (1962-63); e Música na Open University (1983-84).
Dalmir tem uma vasta participação em diversos eventos, como: na 1ª Feira Nacional de Ciências (Fundação Garibaldi Brasil-FGB, 1968); na 1ª Exposição Acreana de Artes Plásticas (AC, 1976); na Criação do Museu Acreano de Belas Artes (AC, 1993); atuou como Perito Judicial no tombamento do sítio histórico Seringal Bom Destino (AC, 2002). Foi um dos principais articuladores da Reativação do Conselho de Patrimônio
Histórico do Acre (AC, 2002) e da Implantação do Conselho Estadual de Cultura do
Acre (AC, 2006).
Presidiu a comissão de criação dos cursos de Música e Teatro na Ufac (AC, 2003); participou da elaboração da proposta de criação do Museu Universitário da Ufac (2003) e da criação da Associação de Arte Educadores (AC, 2006).
Foi Presidente da Associação dos Artistas Plásticos do Acre (1990); Curador do Projeto Calenarte/Sesc (1993); Diretor do Museu Acreano de Belas Artes (1996); Presidente da Orquestra Filarmônica do Acre (1998); Presidente do Conselho Estadual de Cultura (2006); Presidente da Associação dos Arte-Educadores do Acre (2003), Membro do Conselho Nacional de Cultura (2012).
Foi Professor de Artes Visuais (Faculdades Integradas Rio Branco-Firb, 1996); Pró-Reitor substituto de Extensão e Assuntos Comunitários-Ufac (1995), entre outras funções. Participou do Concurso de Monografia pela Livraria El Ateneu, no Edital “12 Cadernos de Poesia (1993)”.
Produziu vários livros ainda sem publicação: Sonetos tardios; Breve história das artes visuais em Rio Branco/AC (1993); Em defesa da Arte; Ateliê; Artes e artistas no Acre; e Ensaio de jornalismo cultural.
Redigiu e liberou a biografia: Apenas um guarda–livros; publicou e lançou o livro Poesia seleta; e Sonetos apolíticos.
Participou de: Exposição Acreana de Artes Plásticas/coletiva (DAC/SEC Rio Branco/AC, 1978); 2º Salão Acreano de Artes Plásticas/coletiva – Fundação Cultural/Rio Branco/AC (1980); Exposição de Artistas Acreanos/coletiva – Touring Club/ Brasília/DF (1979); Exposição Ativismo Individual/98 – Sesc/Rio Branco/AC; Exposição 3 Artistas 3 Momentos/coletiva (FGB/Rio Branco/AC, 1997); Exposição de Artistas Acreanos/coletiva Cuzco, Peru (1996); Exposição Espelho Negro/coletiva, com Wolfgang Lehmann – Berlim, Alemanha (1998); Exposição “Uma Homenagem ao Acre Centenário”/coletiva – Ufac/Rio Branco/AC (1999); Xilosmemória/Exposição de Gravuras/individual (2000); Exposição “Ensaios para o Anoitecer”/individual, Sesc/Rio Branco/AC (2001); Exposição “Signos Figurativos”/coletiva – Basa/Belém/PA (2002); xposição “40 Anos num Instante”/individual – Galeria Universitária Ufac/Rio Branco/AC (2002); “Cara de Mulher”/coletiva – FEM/Rio Branco/AC (2003); Exposição “40 Anos num Instante”/individual – SESC/Rio Branco/AC (2003); Exposição inaugural da Galeria do Sesc/ coletiva – Sesc/Rio Branco/AC (2004); I Salão Hélio Melo de Artes Plásticas/coletiva (2004); Exposição de xilogravura da oficina no Mamb/coletiva – Salvador/BA (2006); Exposição Acres – inaugural da Usina de Artes/coletiva (2006); Usina de Artes João Donato – Rio Branco/AC.
Em suas andanças pela região como agrimensor, revelou-se um apaixonado estudioso da Amazônia. Dalmir estruturou uma biblioteca particular riquíssima, com livros, documentos, obras de arte e antiguidades que, hoje, constituem um Ateliê Museu, uma testemunha de sua dedicação à arte e à cultura.
Em sua trajetória profissional e artística, além de exposições, visitas, cursos, oficinas, leituras, ativismo e funções, tornou-se um reconhecido ativista cultural, com obras e exposições no Brasil e no Exterior. Suas ações se estenderam para além da cultura, pois manteve diálogos com setores da sociedade civil, produzindo e participando de projetos, estudos, ensaios e artigos.