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Adelino Cezar Fernandes de Oliveira (conhecido por Cezar Negreiro) ingressou na Academia Acreana de Letras em 5 de novembro de 2022, através da Cadeira 37, que tem como patrono Osvaldo Cruz, membro fundador Hermínio Pessoa e antecessor Elzo Rodrigues da Silva. Contudo, em virtude da recomposição das cadeiras da AAL, ocupa transitoriamente a Cadeira 51, conforme Resolução n.º 01, de 12 de agosto de 2023 da AAL.


Cezar Negreiro nasceu no dia 25 de julho de 1964, na cidade de Itambé, na região do Vale do Rio Pardo, no Estado da Bahia. É filho de Anézia Maria Oliveira e de Odilon Fernandes de Oliveira. Tem onze irmãos, a saber: Domício Rocha Fernandes, Antônio Rocha Fernandes, Dalva Rocha Fernandes, Dione de Oliveira Cruz, Gerlinde Fernandes de Oliveira, Hildete Rocha Fernandes, Josefina Fernandes Gusmão, Juarez Rocha Fernandes, Maria Vitória Rocha, Odilon Fernandes de Oliveira Junior e Rivadávio Fernandes. É casado com Marle Soares de Oliveira, com a qual teve um filho, o Diego Soares, que lhe deu um neto, o Júlio César Soares Terán.


Nos primeiros anos, freqüentou a Escola Cinderela para fazer o primário e estudou nos colégios Polivalente e no Gilberto Viana, da Ordem dos Vocacionistas, para cursar o ensino fundamental. Durante a juventude, militou no movimento secundarista e cultural de Vitória da Conquista, na região sudeste da Bahia, mais tarde migrou para o Rio de Janeiro em busca de atuar no movimento cultural. Depois de uma passagem pela oficina de literatura do poeta português Francisco greja, passou a atuar no movimento de poesia marginal da Cinelândia.
Assim que desembarcou no Acre, começou a estudar teologia num curso de extensão da Pontifícia Universidade Católica, do Rio de Janeiro (PUC/RIO). A referida instituição mantinha parceria com a Diocese de Rio Branco. Infelizmente, teve que abandonar o curso no quinto período, para trabalhar como repórter do jornal semanário Página 20.


Ao retornar a sua terra natal, passou a trabalhar como colunista político do semanário Tribuna de Conquista, na Bahia. Depois de uma breve passagem pela imprensa baiana, retornou ao Acre para se aventurar como repórter do jornal O Rio Branco, onde chegou a ser editor.


Em seguida, passou a atuar como assessor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac). No período noturno, cursava licenciatura em filosofia pela Ufac. Atualmente, trabalha como repórter político do jornal A Tribuna e como professor temporário da educação básica. O jornalista/escritor é autor da coletânea de poesia marginal, A aurora; do livro Às memórias de Santo Antônio da Cruz, que trata do processo de catequização dos povos indígenas do aldeamento de Santo Antônio da Cruz, no Cachimbo, Estado da Bahia.


Em 2020, publicou o livro Terra: sonho, suor e sangue, que trata da luta pela posse da terra na região amazônica. Com o poeta português Manuel Fonseca, publicou o livro em Portugal, Amazônia: prescrição de um crime, através da Editora belga, Orfeu. Mais recentemente, publicou o livro de ficção Marcas, que presta uma homenagem póstuma ao poeta baiano Isaias de Oliveira, que morreu num asilo na cidade de Itambé, sem publicar os seus escritos guardados num caderno.
O seu último trabalho foi A escola da vida, que retrata a sua experiência como educador da rede pública de ensino. Defende que a filosofia pode dar uma grande contribuição aos professores que trabalham nas escolas públicas, ajudando–os a refletir melhor sobre desafios da educação no contexto da “sociedade de controle”.
Na obra, aponta que o grande desafio da docência é conciliar a teoria pedagógica com a prática no âmbito do espaço escolar, pois a escola pública ficou refém do sistema neoliberal, fundamentado nos indicadores de aprovação, no uso das tecnologias, que não proporcionam aos estudantes meios de superar os desafios da vida.

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